quinta-feira, 4 de março de 2010

Elle Girl (RU) nº 03/10 - Tradução

Abaixo você pode conferir os scans da revista e a tradução da entrevista com o Bill.

Bill: “Estamos mais velhos, mas não ficamos mais adultos”

A banda Tokio Hotel, atuará em Moscovo no dia 10 de Março, com toda uma nova produção de HUMANOID. A disputa sobre que tipo de música tocam os “Toki” (diminuitivo de Tokio Hotel na Rússia) – emo ou pop – acabou há muito tempo. Ninguém se pergunta porque é que o vocalista dos Tokio Hotel se parece a um rôbo maquiado. Os Tokio Hotel provaram o seu estatuto de estrelas como celebridades, às quais lhe é permitido fazer tudo. Ou então nem tudo? É isso que tentamos descobrir na nossa conversa com Bill Kaulitz.
Elle Girl: No seu álbum HUMANOID, vocês soam como roqueiros de 30 anos.
Bill: Para ser honesto, este álbum acabou de forma diferente ao que planejamos no princípio. Decidimos ver o que aconteceria se cada membro tocasse da forma que ele quisesse. Queríamos experimentar os instrumentos. Como resultado, obtivemos um novo som. Isso aconteceu acidentalmente.
Elle Girl: Há um sintetizador em muitas das suas músicas. Foram inspirados pela música dos anos 80?
Bill: Na verdade, todos nós ouvimos estilos de música diferentes. Mas quando nos sentamos em estúdio, a princípio, nós não ouvimos nada além das nossas gravações. Nos concentramos naquilo que gostariamos de alcançar, e por essa razão, não temos influências nos nossos álbuns. Tentamos encontrar uma maneira de tornar o som da banda mais intenso, experimentamos muita coisa em estúdio, e tudo veio de dentro.
Elle Girl: Este é o seu segundo álbum em inglês.
Bill: Sim, mas há uma diferença. Nós lançamos o HUMANOID em 2 versões: Inglês e Alemão. E a partir deste momento, todos os nossos próximos álbuns serão lançados neste formato.
Elle Girl: Pessoalmente, prefere cantar em inglês ou alemão?
Bill: Inglês e alemão, são ambas partes essenciais das nossas vidas. Eu não posso separar uma como sendo a principal. Quando estivemos em tour nos EUA, cantamos maioritariamente em inglês, mas os nossos fãs queriam nos ouvir também em alemão. Nós cantamos e eles cantaram conosco, consegue acreditar?
Elle Girl: Uma vez os Scorpions foram populares na América…
Bill: (risos) Os Scorpions são uma lenda viva. E nós estamos em categorias de peso diferentes.
Elle Girl: Qual a sua atitude em relação aos Rammstein?
Bill: Eu posso dizer o mesmo sobre eles também. Eles fazem espectáculos incríveis. Mas têm um estilo diferente de música.
Elle Girl: O que pensa quando ouve as suas novas músicas?
Bill: Eu penso que a minha voz mudou. Ficou mais grossa. Nos tornamos mais velhos, mas isso não significa que nos tornamos mais adultos!
Elle Girl: Consideras-te, a ti e aos teus colegas da banda, roqueiros da pesada?
Bill: Não estou entendendo o que quer dizer (risos). Quando estamos em tour, não bebemos álcool. Além disso, dormir bem é importante para nós. Mas quando organizamos uma festa, então é mesmo da pesada e aproveitamos tudo aquilo que o rock n’ roll nos pode dar!
Elle Girl: Há algumas frases na música World Behind My Wall: “One day I will be ready to go, see the world behind my wall“. É intrigante…
Bill: A música é muito íntima. Não é que me sinta preso, mas fala das paredes que nos cercam a toda a hora. É o que nos tem acontecido nos últimos cinco anos.
Elle Girl: É uma das desvantagens da fama? Se coloca um pé fora da porta é imediatamente cercado por uma multidão, não é verdade?
Bill: Sim, completamente verdade. Às vezes só para mudar um pouco a rotina, gostariamos de poder sair um pouco, só para caminhar na rua, ver o mundo. Antigamente quando andavamos em tour pelos outros países, podiamos nos dar ao luxo de andar na rua sem guarda-costas. Agora é impossível. Mas gostamos do fato de as pessoas ouvirem as nossas músicas. Para nós a fama é como uma droga.
Elle Girl: O que teriam feito se não fossem músicos?
Bill: Seriamos músicos no desemprego (risos). Iriamos atuar em diferentes clubes por 25 centavos. E claro, também iriamos gravar uns quantos filmes pornográficos para ganhar dinheiro!
Elle Girl: Por que filmes pornográficos? Já alguma vez receberam ofertas para fazer algo do gênero?
Bill: Não. É uma piada. Nunca ninguém me ofereceu um papel num filme pornográfico, porque a minha participação em algo assim é impossível.
Elle Girl: E por falar em filmes. Eu ouvi dizer que alguém ia gravar um filme baseado na vida dos Tokio Hotel. É verdade?
Bill: Já nos propuseram algumas vezes fazer um filme sobre a vida da banda. Eu respeito os atores, mas cada um devia dedicar-se ao seu próprio campo de trabalho. Os músicos não deveriam tornar-se atores e vice-versa. As pessoas não deveriam misturar as duas profissões. Mas por outro lado: nunca diga nunca. Por isso, se algum dia me oferecerem um bom papel, quem sabe…
Elle Girl: Qual é a opinião dos restantes membros da banda em relação ao fato da maioria da atenção do público e da mídia se concentrar em você?
Bill: Nunca foi motivo de conflitos. Mesmo agora com o aumento da atenção em relação à minha pessoa. Tudo porque só eu é que apareço na capa do novo álbum. Provavelmente isso pode causar confusão para muita gente. Mas a nós, músicos, não nos faz confusão. Todas as bandas têm o seu vocalista. E por acaso o dos Tokio Hotel sou eu!

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