segunda-feira, 8 de março de 2010

Accès Privé - 06/03/10

Vejam abaixo uma reportagem sobre as stalkers e sua respectiva tradução:


Cartas ameaçadoras, o Tokio Hotel apresentou queixa por assédio. Então, até que ponto vão estas fanáticas dispostas a ir por amor aos seus ídolos? Por que o Tokio Hotel teme pelas suas vidas? Reportagem por Raphäel Tresanini e Simone Mortimer.

Neste vídeo filmado em Abril passado pela câmara de vigilância de um posto de gasolina em Hamburgo, Tom Kaulitz, membro da banda Tokio Hotel, bate numa das suas fãs.
De acordo com o vídeo, Tom Kaulitz dos Tokio Hotel acertou com o punho na cara de uma jovem.

Perrine: Quando ele me bateu, eu caí no chão.

Uma agressão pela qual o guitarrista foi condenado na passada Segunda-Feira. No entanto, Tom Kaulitz afirma que a vítima é ele. Esta fã e as suas amigas têm vindo a perseguir a banda diariamente.

Garota 1: Eles estavam ali. Estão ali.
Garota 2: Não, eles não estão ali.
Garota 3: A casa do Bill…

Esperas nas portas das suas casas, perseguições de carro, ataques às famílias, cartas ameaçadoras… Durante mais de um ano, a banda Tokio Hotel vive aterrorizada por estas garotas.

Tom: Elas não são fãs, mas sim pessoas bastante perturbadas que precisam mesmo de ajuda médica.

Bill: Nós nos habituamos a estar rodeados de guarda-costas. Nunca podemos sair sozinhos.

Estará o Tokio Hotel em perigo? Quem são estas garotas que os aterrorizam? Por que usam máscaras?

Amélie De Menou, jornalista do Gala: Elas querem mesmo os fazer passar dos limites, para desta forma conseguirem obter uma reação.

Vamos descobrir porque é que o Tokio Hotel hoje em dia teme pela sua vida.

Na semana passada na Bélgica os fãs do Tokio Hotel estiveram acampados durante 5 dias no exterior do recinto no qual a banda, que se encontra no meio da sua tour europeia, iria atuar.

Fã: Nós estamos aqui tão cedo porque queremos garantir um lugar na primeira fila durante o show. É importante para mim.

O Tokio Hotel é composto por quatro rapazes alemães entre os 21 e os 23 anos, cuja carreira explodiu em 2005. Se, por um lado, a sua música não provoca o entusiasmo junto dos críticos, as personalidades do cantor Bill e do seu irmão gêmeo Tom, são por outro lado, fascinantes. Com o seu estilo de herói de mangá andrógino, Bill tornou-se um ídolo da juventude. O fervor dos fãs não diminuiu desde o início da banda.

Fã Loira: Mesmo que já tenha passado um ano desde a última vez, ainda estamos aqui.
Fã Morena: Sim, dormimos aqui. Eu não me mexo daqui até os ver, isso é mais que claro.
Fã: Estamos tão habituadas a vê-los que se torna uma necessidade. É como uma droga.

É a estes fãs que o Tokio Hotel deve o seu sucesso, por isso eles fazem de tudo para continuar a ter a sua devoção.

Tom: Em cada show alguns fãs estão conosco nos bastidores. É muito simples, organizamos passatempos aleatórios para escolher quem vai nos conhecer.

Bill: Tentamos sempre ter algum tempo para os fãs. Quando chegamos a algum lado, estamos sempre com pressa como é normal, mas aceitamos sempre dar um autógrafo ou tirar uma foto com eles.

No seu próprio site, a banda tem o seu canal de TV: vídeos dos bastidores, entrevistas, a audiência pode seguir as aventuras do Tokio Hotel. Uma interactividade com os fãs que é rara e que agora joga contra eles.

Engerrand Sabot: Uma coisa leva a outra, eles querem sempre mais. Hoje em dia há fãs que vão para a frente das companhias discográficas, que vão para a frente dos estúdios de gravação, eles querem sempre mais.

Amélie De Menou: Há uma espécie de escalada na produção de imagem, de fotos e da proximidade estabelecida.

Stalker: Olha, é a casa do Bill, um local histórico.

Na Internet, os fãs postam os vídeos das suas explorações como troféis para mostrar o quão longe vão pelos seus ídolos.

Stalker: A casa do Bill. Vamos tentar entrar. Vamos ver a mãe do Bill. Acham que devo ir?
Stalker 1: O Bill olhou para mim.
Stalker 2: Sério?
Stalker 1: Sim.
Stalker 2: Ele mostrou o dedo?
Stalker 1: Não, não fez.

Stalker: Então pelo visto deixamos a nossa marca. Algumas pessoas insultaram os franceses. “Os franceses são m****”. Não é verdade. E aqui está o estúdio! Esperem, ele está tirando a mala!

Residências, estúdio de gravações, casas da família e amigos, nesta perseguição ao Tokio Hotel o grupo de fãs francesas está cada vez mais determinado.

Garota 1: Eles estavam ali. Estão ali. Estão estacionados mas ainda não sairam.
Garota 2: Já não estão lá. Devem nos ter ouvido correr.

Perrine: Quanto mais os fãs os vêem, mas felizes ficam. Há uma espécie de competição entre os fãs, relativamente a quem os vê mais vezes. Alguns fãs até contam o número de vezes que os vêem.

E Perrine sabe do que fala, com o seu grupo, ela não hesitou em deixar a França e a sua família para se mudar para a Alemanha, para Hamburgo. A cidade dos seus ídolos. O seu objetivo: estar o mais perto possível do Tokio Hotel diariamente.

Stalker 1: Ele está acelerando, ele está acelerando!
Stalker 2: É ele?
Stalker 1: Sim, é ele.
Stalker 2: Não é ele.
Stalker 1: Sim, lá. Nem sequer olhou.

Sarah, ex colega de quarto de uma das “Afegãs em Tour”: No início, era apenas por graça, elas tentavam provocar uma reação, mas não necessariamente uma reação negativa, talvez apenas fazê-los sorrir ou rir. Mas quando elas viram que não obtinham nenhuma reação, foram mais longe e como não resultava na mesma, as coisas descontrolaram-se e elas não souberam parar. Foi longe demais.

Amélie de Menou: Elas não gritam “Bill eu te amo”, ou “Tom eu quero passar o resto da minha vida contigo”, mas sim “Eu vou ter você! (num tom agressivo)” e “Eu estarei lá” e “Verão, irei fazer da vida de vocês um pesadelo”. Elas também escrevem cartas e deixam na caixa de correio.

“A próxima semana será um pequeno pesadelo! Atenção, atenção, nós não estamos felizes. Estamos ficando impacientes. Percebem isso?”

O amor transforma-se em ódio, as fãs que se intitulam por “Les Afghans on Tour”, cobrem a sua cara para poder agir mais livremente. Algumas das “Les Afghans on Tour” preferem deixar o grupo, uma delas relembra o momento em que achou que as coisas estavam indo longe demais.

Ex-Afghan: Eles perceberam que elas estavam usando lenços para que não pudessem as ver. Isso deve tê-los assustado. Elas compraram máscaras brancas para relembrar os assassinos dos EUA e começaram a usá-las durante as perseguições de carro, isso assustou-lhes e elas ficaram satisfeitas.

Engerrand Sabot: Elas endureceram a sua posição. No começo, elas atiravam pedras nas janelas e atiravam tijolos na casa dos gêmeos.

Uma campanha de terror atingiu o seu expoente máximo na passada primavera. Neste vídeo, a mãe de Bill e Tom Kaulitz, os gêmeos do Tokio Hotel, luta com as Les Afghans on Tour, em frente da sua casa.

Sarah: A mãe filmou-as para provar que elas passavam lá o tempo todo, e para poder ver claramente os seus rostos. E foi essa a razão pela qual elas atacaram-na, para tentar tirar-lhe o telefone que ela usou para filmá-las.

Tensos, os rapazes dos Tokio Hotel decidiram começar um procedimento judicial para forçar estas fãs obcecadas a permanecer longe deles, uma medida que não mudou em nada o comportamento destas garotas, elas continuaram assediando os gêmeos, até que no dia 15 de Abril, tudo mudou.

Elizabeth Elkin-Vincent, jornalista do “Closer”: Tom Kaulitz, um dos gêmeos do Tokio Hotel, estava voltando para casa, e parou num posto de gasolina para encher o seu carro. As Afeghans estavam mesmo atrás dele, e uma delas aproximou-se do carro, dizendo que queria um autógrafo, e ele atirou um cigarro aceso para fora do carro.

Engerran Sabot: Elas não gostaram nada disso, e num ajuste de contas, a líder apanhou o cigarro e esmagou-o no carro do Tom. Naquele momento, ele perdeu a sua calma. Saiu do carro e deu um corretivo na líder.

A fã agora pode colocar-se na posição de vítima. Ela apresentou queixa por agressão e lesão corporal e contratou um advogado. Com as suas amigas, ela afirma que nunca assediou o Tokio Hotel e que elas são fãs como as outras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário